3.7.16

Leituras de junho


Duas últimas leituras de que gostei: A Life Beyond Boundaries: A Memoir, de Benedict Anderson, e Japanese Portraits: Pictures of Different People, de Donald Richie. 

Benedict Anderson foi professor do departamento de Estudos Asiáticos na Universidade de Cornell. No livro, ele narra basicamente a sua formação. Ele nasceu na China, passou parte da infância nos EUA e retornou para a Grã-Bretanha, pátria de seus pais, onde passou a adolescência e parte da juventude antes de retornar aos EUA para dar aulas no departamento de sociologia de Cornell. Depois disso, suas pesquisas levaram-no à Indonésia, Tailândia e Filipinas. Ele tem uma formação e erudição invejáveis, sempre curioso, ele critica a formação de "especialistas" e a compartimentalização das humanidades. Concordo com sua opinião, vi muitos estudantes e professores de filosofia que não liam romances, ou sociólogos que se restringiam a ler determinados autores, acho isso triste, apequenador.

Em Japanese Portraits, Donald Richie, estudioso da cultura japonesa, faz descrições curtas de suas interações com figuras anônimas e famosas como Yukio Mishima, Yasunari Kawabata e Yasujirô Ozu. São realmente pequenos retratos. Gostei tanto que pensei em traduzir, mas descobri que isso já foi feito

Tenho lido mais em japonês, contos, mas já separei alguns textos mais longos para continuar meu eterno aprendizado da língua. Também separei um romance em francês, uma cópia de La Vie de Marianne da época do meu doutorado que acabei deixando de lado, e A Bend in the River, de V. S. Naipaul. Há uma fila enorme de leitura!

No mais, acho que estamos com algum vazamento, outro. Na rede de água da casa desta vez. O relógio não para de girar se não fecho o registro. Preciso encontrar alguém para fazer a detecção e resolver isso em um futuro próximo. Na horta, é época de: cenouras, salsinha, coentro, gengibre, berinjela (ainda), mandioca e alface. O maracujá doce floriu. Faz anos que não como maracujá doce, espero que continue tão bom quanto era na minha infância.


6 comentários:

Yolanda disse...

Karen, sempre fazendo boas leituras e ótimo aprendizado.
Quanto ao maracujá doce, nunca provei, deve ser delicioso!
Bjs e ótima semana.

Karen disse...

Oi, Yolanda! Comia maracujá doce de colher quando era criança. Gostava bastante, mas faz muito tempo... Beijo e ótima semana para você também!

Anônimo disse...

Oi Karen!

Adoro ver as fotos da sua horta! Não vai postar nenhuma?

Também tenho um pé de maracujá doce no meu quintal e está florido! Espero que as abelhas apareçam para fazer a polinização e garantir algumas frutas.

Abraços,
Alê

Karen disse...

Oi, Alê! Também espero conseguir alguns maracujás! Vamos torcer! Tirei algumas fotos da horta. Logo coloco aqui. Abraços!

aline naomi disse...

Donald Richie não me soou estranho, achei que tinha comprado um livro dele, mas não. Devo ter lido sobre ele em algum lugar. Fui colocar "Retratos japoneses" na lista de livros que quero ler e já estava marcado como "quero ler"... =P

Um dia também quero ter uma horta!! Quando me aposentar queria morar num sítio em Santa Branca, que fica mais ou menos perto de São José. Imagino que daqui a uns trinta anos a cidade ainda vai estar do jeito que a conheci e ideal para se ter um sítio.

Karen disse...

Aline, que coincidência! :)

Ter horta é bem divertido, mesmo que dê mais trabalho do que "frutos". Não conheço Santa Branca, mas gosto de cidades menores. Passei a juventude querendo fugir da monotonia de lugares assim, mas agora acho São Paulo tão caótica... A capital é boa para ser visitada de vez em quando, mas não para morar...